A celebração da Páscoa na Rússia começa no Sábado a noite, quando os fiéis vão à Igreja e a meia-noite, caminham a volta das igrejas com velas a cantar hinos, até que o Padre bate na porta da Igreja três vezes, convidando os fiéis a entrarem para celebrar a Ressurreição de Cristo. Depois da bênção da sua comida, levada em cestos de Páscoa à Igreja, os fiéis voltam a casa para celebrarem com as famílias e fazem uma grande festa.
Entre as prendas são ovos coloridos com desenhos de fertilidade ou simplesmente decorados com cores brilhantes – este costume começou quando em 1884, o TsarAleksandr III pediu a Karl Fabergé, joalheiro e artista da Corte, que fizesse um ovo especial para ele oferecer à Tsarina. O ovo é símbolo de fertilidade e de eternidade.
Quando se dá o ovo, se diz “Kkristos Vosgrés” (Cristo levantou) ao qual se responde “Voistinu Vosgres” (verdadeiramente levantado). Esta tradição remonta aos tempos antigos, quando Maria Magdalena trouxe um ovo ao Imperador Tiberius, dizendo “Christo levantou”.
Na semana antes da Páscoa (Paskha), as pessoas trazem vergas de salgueiro para casa (“Verba”), tocando com eles uns nos outros para dar sorte.
A comida tradicional na Paskha é um bolo de nozes e frutos, chamado Kulich e para barrar neste bolo, uma pasta de queijo doce, chamada Paskha. Na Kulich se escreve em pedaços de fruta seca as letras em cirílico XB (Khristos Vosgres). Mas o Kulich e a Paskha são apenas duas estrelas na noite.
Também na mesa de Páscoa estará presunto ou borrego assado, começando uma festa depois dos 40 dias de jejum, tradicionalmente sem produtos animais, portanto um jejum vegana.
Olga SELYANINA
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